tag:blogger.com,1999:blog-37285472682898881242024-03-08T13:36:18.469-08:00PalavrasAnonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.comBlogger12125tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-48980119057412572532017-02-01T18:06:00.002-08:002017-02-01T18:06:51.094-08:00Sunshine, lightshine <div class="MsoNormal">
Luz que entra por uma frestinha, um buraquinho. Luz que,
antes de ser luz, era escuridão. E até que uma escuridão confortável. Acho que
aí é que tá o problema: temos que tomar cuidado com o que é muito confortável,
sabe por quê? Porque não dá vontade de sair. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Daí é que entra a luz. E então, quando ela ilumina, você
percebe que tudo mudou com a chegada dela. Que valeu a pena sair do aconchego
do escurinho.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A luz ilumina. É isso que ela faz. Ela, também, pode
contagiar. Dependo do ponto de vista, é claro. Acho incrível a fotossíntese.
Não só pelo processo físico-químico dela, mas pelo fato de se alimentar pela luz.
E é por aí que eu vou, acreditando que a luz ilumina pessoas, ambientes,
contagia energias, quebra caras feiras... <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Então, vamos abra sua janela – seja ela qual for – e deixe a luz passar rasgando pra dentro, arrebentando a frestinha.<o:p></o:p></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-68420292992246133752014-05-22T17:56:00.000-07:002014-05-22T17:56:49.418-07:00O ChãoFui derrubada.<div>
Aconteceu chegando ao trabalho nessa semana, eles eram em 4 ou 5. </div>
<div>
Chegaram por todos os lados, me seguraram, agarram e me jogaram no chão. Eu gritava para levantar, mas eles nem ouviam, suas risadas abafavam minhas súplicas - que, a essa altura, já estavam se desmanchando em risadas também. Jovens? Uh, super. O mais velho, por volta de 6. O mais novo, 3.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
O que eles roubaram? Ah, muita coisa. Roubaram sorrisos meus, roubaram mais amor por todos e trouxeram toda a felicidade que eu pude sentir naquele momento.</div>
<div>
<br /></div>
<div>
Toda a ingenuidade, a malícia, a malandragem e a doçura deles me encantam, me envolvem, me hipnotizam. Ah, como é bom ser criança!</div>
<div>
Eles me contam segredos que acham que ninguém mais sabe, dizem que me amam "até o 41" (na íntegra!), me abraçam, se comportam como nenéns e, ao mesmo tempo, como adultos responsabilíssimos. </div>
<div>
<br /></div>
<div>
E foi lá, no chão, que eu reparei que, mesmo que eu me esforçasse muito, jamais conseguiria descrever como é <i>foda </i>trabalhar com crianças e como é grande a minha alegria por isso.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-79178652818335465602013-12-13T05:29:00.003-08:002013-12-13T05:29:31.232-08:00Permitir-seOuso afirmar que o amor é o sentimento mais forte que existe.<br />
Ele move montanhas, passa por obstáculos e suporta qualquer peso.<br />
<br />
E eu não me limito ao amor entre casal, não. Amor de mãe, de pai, amor de irmão, amor de amigo e amor do seu amor, mesmo. Ah, e claro, amor que nasce de um relacionamento entre duas pessoas, aquele que você cuida e rega com carinho - apesar de às vezes querer arrancar a raiz fora e espalhar terra pra todo lado.<br />
<br />
"Não mudo por ninguém. Sou assim mesmo, oras! Tem que gostar de mim do jeito que eu sou"<br />
Ahhh, faça-me o favor! Isso não existe. Isso é coisa de gente ignorante. Defendo a ideia que de é preciso gostar da pessoa do jeito que ela é, mas, inflexibilidade é inaceitável - pelo menos ao meu ver.<br />
<br />
O amor é isso: o amor transforma. E só o fato de você sair da inércia já é uma evolução.A troca de informações, a sintonia de almas, a passagem pela vida do outro é realmente uma coisa muito bonita. Basta olhar com mais cuidado.<br />
<br />
O que me inspirou a escrever esse texto clichê foi um poema de uma pessoa com TOC, falando justamente do amor que ela sente por uma pessoa que, infelizmente, já não pode mais retribuir o sentimento.<br />
<br />
Ele menciona como trancar e destrancar a porta 30 vezes era importante, ou como ligar a desligar as luzes trazia calma.<br />
Menciona também que quando olhava pra sua amada, as coisas ficavam claras, calmas e limpas.<br />
E, por fim, menciona o fato de ela ter o deixado, e como o amor dela era tão importante a ponto dele deixar as luzes acessas e as portas destrancadas, com a esperança dela voltar.<br />
<br />
Amar é permitir-se. É transformar-se.<br />
<br />
Segue o vídeo:<br />
<a href="http://qga.com.br/arte-cultura/2013/12/poema-sobre-o-amor-de-um-homem-com-toc">http://qga.com.br/arte-cultura/2013/12/poema-sobre-o-amor-de-um-homem-com-toc</a><br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-3090938990282181512013-11-25T06:53:00.001-08:002013-11-25T06:53:44.433-08:00Flor<div class="MsoNormal">
A flor, delicada e perfumada, há de ser cultivada e cuidada.</div>
<div class="MsoNormal">
Se a flor merece esse carinho, porque a mulher haveria de não
recebê-lo?</div>
<div class="MsoNormal">
Na ausência de atenção, as flores vão ao chão.</div>
<div class="MsoNormal">
Cuidado com a praticidade.</div>
<br />
<div class="MsoNormal">
O dia a dia corriqueiro é compreensível, mas abre a possibilidade de seu jardim
morrer.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-28580678227683447092013-10-28T14:22:00.002-07:002013-10-28T14:22:52.158-07:00Cheiros<div class="MsoNormal">
Posso me teletransportar pelo cheiro, sabia? Posso mesmo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo o cheiro de “guardado” na toalha toda trabalhada
que costumávamos colocar na mesa de Natal. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo o cheiro de couro do banco do carro, misturado com
cheiro de mato da rodoviária, sentido interior.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo o cheiro de grafite, de lápis, cheiro de folha
impressa. Já posso senti-la quente em época de prova.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo o cheiro amadeirado de tabaco numa recepção do
hotel que ficamos em Stuttgart, na Alemanha. É como se conseguisse ver o senhorzinho
gordinho da recepção na minha frente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo o cheiro de banho que <i>sua</i> pele fica, e como ela fica ressecada pela sua teimosia em não
querer passar um creme. Ah, como eu gosto da <i>sua</i> pele...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E falando em creme, posso me teletransportar pro lado da
minha mãe sentindo o cheiro de um determinado Victória's Secret .</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cheiro de shampoo masculino é, sem dúvidas, sinal da
presença do meu pai. Ainda mais se estiver “úmido”.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cheiro algodão molhado. Extremo demais? Me faz lembrar de
uma caneca do Pikachu. Eu bebia água nela. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E cheiro de plástico. De bonecos de plástico me lembram a
fase molecagem. Me lembram meu príncipe de 16 anos.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo cheiro de pêssego e de madeira - madeira, mesmo! Tipo móvel. Só esperando ouvir
a voz feminina chamando os primos para almoçar.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Sentindo cheiro de coisa antiga nas páginas de livros, é
como se já pudesse imaginar a história que eu estava lendo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Cheiro de cloro! Esse, sim, é gostoso de lembrar. Cheiro de
verão, de sol, de risada, de bochecha queimada, de pele descascando. Me faz
lembrar que eu queria viver de fotossíntese! </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Enfim, como eu disse, é como se, por mágica, eu conseguisse
reviver todo o momento. Basta fechar os olhos e olhar pra dentro. É realmente
uma sensação inexplicavelmente gostosa.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-33712639001772296832013-10-28T13:32:00.000-07:002013-10-28T13:32:24.957-07:00Ele(a)<div class="MsoNormal">
E ele(a), numa tentativa de garantir alguma coisa e, de certa forma, se sentir aliviado, se desculpa:</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me por ser indecisa(o), por ficar horas planejando
algo que não está sob meu controle.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me se te chateio com meus problemas banais.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me se sou banal.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me se às vezes – muitas – pareço estúpida aos seus
olhos.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me se não te orgulho e se a maioria das coisas que
eu faço, é de errada maneira.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me se tenho preguiça.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me se eu não sou mais suficiente. Gostaria de ser.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me pelas saudades.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me pelos equívocos.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me, mas não sei o que fazer comigo.</div>
<div class="MsoNormal">
Desculpe-me, mas, cansei de me desculpar.</div>
<div class="MsoNormal">
E desculpe-me e por isso também.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E ele(a), o que faz?</div>
<div class="MsoNormal">
A(o) desculpa. </div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-71221904952733380942013-10-15T11:10:00.002-07:002013-10-15T11:10:55.364-07:00Névoa<div class="MsoNormal">
Não dá.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Nem escrever eu consigo. Minha cabeça não pensa... Só ouve. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E são essas vozes das quais eu tenho que parar de dar
ouvidos. Elas sussurram, cochicham e às vezes gritam. Como parar de ouvi-las se fazem tanto barulho
e tanto sentido? Ou não fazem... Como parar de cultivar as minhocas se alimentando
dos meus pensamentos? Onde está o inseticida? </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em contrapartida, cultivo uma rosa no meu coração. Pra falar
a verdade, eu ainda acho que ela é um brotinho. Um boiadeiro gentil quem plantou.
</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Voltemos a falar da minha cabeça ouvinte e não pensante:
como posso estar alienada dentro do meu próprio corpo? Sendo eu mesma a minha “entrigueira”.
Essa névoa bem que podia desaparecer e me deixar ver as coisas como elas são.
Sem minhocas e sem vozes.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Preciso de um banho que lave minha alma. Preciso de uma mudança
interna grande. Preciso... Preciso? Ai, que desagradável sempre precisar de
alguma coisa! Que coisa chata. Sempre pedindo, nunca fazendo. Preciso parar de
precisar! Isso sim. </div>
<br />
<br />
<br />
<br />Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-32867093429705735542013-09-23T13:41:00.000-07:002013-09-23T13:41:44.556-07:00Era uma vez um furacão<div class="MsoNormal">
Era uma vez, uma menina, que se chamava (minha mãe costumava
a começar uma história assim, desse jeito, pausadamente)... Bem, não vem ao caso
o nome dela. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ela tinha saúde e bons amigos. Passou muito tempo da sua
infância como um molequinho: brincando de luta, de correr, de arriscar. Claro,
também tinha suas barbies e bonecas parecidas com bebês – que ela dava banho,
trocava de roupa e dava mamadeira.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não ligava muito pra maquiagem e usava qualquer coisa que
estivesse mais fácil de pegar no guarda-roupa. Era diferente sim, e, o mais
legal, é que ela não se ligava disso – ou se ligava, se não importava, não que
eu me lembre.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Foi depois de encontros em meio à puberdade que a menina passou
a perceber como a vaidade era essencial, como as roupas faziam diferença e a como
a singularidade (utópica) era importante e como era “out” não ter opinião
própria (apesar de a alienação vigorar).</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Isso pode ter feito a
menina perder sua naturalidade. Se perder.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E mesmo perdendo sua naturalidade, <i>isso</i> caminhou com ela desde então, como algo de sua natureza. E
infelizmente, <i>isso </i>acompanha a
maioria das pessoas. Só é com pesar que ressalto isso, pois conheci a menina
antes da <i>mudança</i>.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existe um equilíbrio enorme na vida dela. Um que explode e
outro que agüenta. Eles vivem brigando e deixando a menina confusa, cega e com
dúvidas. Esse equilíbrio nada mais é do que as pessoas que ao redor dela.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje, receosamente, arrisco afirmar que a menina é medíocre.
Que os picos de felicidade e tristeza brincam de montanha russa dentro dela, e
que é alto o valor material das coisas. Que ela busca ser uma pessoa melhor, mas
o pote de moedas de ouro está longe demais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A menina sente falta. A menina sente carência. A menina se
sente vazia. A menina não se sente... Mas a menina sabe que não está na pior
(ou pelo menos deixa que as outras
pessoas a convençam disso). </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A menina tem uma boa visão do futuro. Isso ela faz bem, ela
pensa pra frente.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A menina, então, vira mulher e constrói sua vida. O sonho de
ser reconhecida e de ter seu lugar no mundo é realizado. Ela continua sendo boa
no que faz e cada vez chega mais perto do pote de moedas de ouro!</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A mulher, como observadora nata, tem muito que oferecer aos
seus queridos familiares mirins, transmitindo toda sua sabedoria e torcendo
para que suas palavras não surjam efeito tardio.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Então, a senhora acaba em uma casa grande e branca, com
vários filhos e netos e cachorros. Com vários porta-retratos de felicidade
espalhados pela casa. Com vários raios de luz saindo do coração dela. Com a
consciência de que as coisas acontecem do jeito que <i>tem </i>que acontecer... Que as pessoas passam pelo o quê passam por
algum motivo... E o que importa é como você leva isso pra sua vida.</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-66815837300484538472013-06-14T12:45:00.001-07:002013-06-14T12:45:58.995-07:00Pode poder?A corda arrebenta pro lado mais fraco.<br />
<br />
Não tá certo manifestar quebrando tudo, como também não tá certo atacar quando o perigo está ausente.<br />
<br />
O que eu fico puta é ver que toda aquela raivinha dos manifestantes, toda a "liberdade de expressão", toda violência e agressão - que tanto foi criticada -, agora é notada vindo dos policiais. Mas gente, não faz mal.. Eles só estão fazendo o trabalho deles, né.<br />
<br />
Tá certo que eu não participei de nenhuma manifestação e que eu estou dando minha opinião de fora, que não sei como é e que a mídia manipula. Mas eu tenho visto vários vídeos, antes mesmo de ler a legenda deles e: a polícia não tem preparo.<br />
<br />
Tá certo que todo esse movimento tomou outro rumo - até mesmo em função dos motivos, que divergem do motivo inicial -, tá certo que não é todo manifestante que está fazendo baderna, tá certo que muitas pessoas que não tem nada a ver são atingidas física e moralmente, tá certo que o direito de ir e vir fica bloqueado, e tá certo que esse movimento teve reflexos enormes sob a cidade.<br />
<br />
Mas também tá certo que o Brasil tá querendo acordar.<br />
E que a manifestação não gira só em torno de 0,20 centavos.<br />
<br />
E também tá certo que é injusto, sim, afirmar que todo esse caos vem só de um lado.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-43514123391517402292013-05-23T13:27:00.001-07:002013-05-23T13:27:33.540-07:00Os Meus Bens Tremendos<br />
<div class="MsoNormal">
Os filmes da Sessão da Tarde me deixavam fissurada quando eu
era pequena, principalmente aqueles que contavam a história de um grupo de
amigos que saía em busca de aventuras em bosques, florestas, praias ou casas
abandonadas. Sempre quis fazer isso um dia, contanto que fosse acompanhada de
amigos companheiros, iguais aos dos filmes. Esses filmes me faziam um bem
tremendo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Atualmente estamos no outono e, mesmo não sendo inverno,
está bem frio! Eu sofro no frio, meus ossos doem. Mas o frio tem significado
ambivalente pra mim. Às vezes eu gosto do frio. Às vezes eu gosto da melancolia
que ele traz. Gosto de ouvir uma música antiga, de espirrar, de me aconchegar
dentro dos meus casacos e tomar alguma coisa quente. Gosto de ler no frio.
Gosto de pensar na vida – vai ver que é por isso que escrevo agora -, como
quando a gente pensa antes de dormir ou debaixo do chuveiro.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O frio, algumas vezes, vem acompanhado de chuva. Tomar chuva
me irrita, odeio ficar molhada e gelada. Só gosto quando eu estou na dentro da
minha casa, sabendo que não vou precisar sair depois. Assim como no frio, eu
gosto de pensar olhando a chuva cair. Olhando a maneira que as poças ficam
quando os pingos caem dentro delas. Olhando como as gotas deslizam pelo vidro,
apostando corrida.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Pra me defender do frio, o sol consegue me aquecer por
dentro e por fora. Quando as coisas na minha cabeça estão movimentadas demais,
inquietas e perturbadas, pra me sentir bem mesmo, me imagino viajando pro
interior, na rodovia Castelo Branco, com todos os vidros abertos numa tarde
quente, com o vento bagunçando todo meu cabelo e com o sol forte invadindo o
carro e encostando no meu rosto. Vendo meus pelos loiros do braço
ficarem cada vez mais dourados. Imaginar isso também me faz um bem tremendo.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Os meus amigos me fazem bem, assim como o sol e, por hora, a
chuva e o frio também me fazem. Cada amigo faz de um jeito: minha amiga espera
em silêncio a minha dor de bater o cotovelo bem forte – daquelas que a gente
perde o ar - passar, pra daí perguntar se está tudo bem. Minha outra amiga tem
o dom de me abraçar com palavras, de saber me ouvir. Essa mesma amiga tem um
carinho igual de mãe, de mimo mesmo. Outras duas amigas – que nem ao menos se
conhecem, mas que são tão parecidas – conseguem me arrancar as mais longas
risadas com tão pouco. A identificação que eu tenho com elas, não tenho com
mais nenhuma outra amiga. A outra amiga é como se fosse irmã, não pela ligação
que temos, mas pelo tempo que nos conhecemos: a vida toda. Essa amiga é
diferente das outras: ela é tímida e reservada. Se ela ler isso e descobrir que
é dela que estou falando, vai ficar brava; mas arrisco dizer mesmo assim, que
ela também é insegura. Mas não importa, porque quando ela deixa as barreiras no
chão, tem um carinho tão gostoso de receber. E acho que ela sabe disso. Meu
amigo é bravo, às vezes grosseiro. Ele tem carinho de mãe, também, assim como a
segunda amiga. Mas o dele é o carinho severo, daqueles que a gente sabe que vai
levar bronca quando faz alguma coisa errada. E daquelas que a gente sabe que é
tudo por amor.Eu admiro muito esse meu amigo, esse meu amor.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esses são os amigos companheiros que eu via na Sessão da
Tarde e que eu tanto queria conhecer.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Esses detalhes me dão carinho, me deixam satisfeita e feliz.
Me fazem um bem tremendo...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-73856756247869631482013-04-15T13:32:00.001-07:002013-04-15T13:32:12.207-07:00A Viagem<br />
<div class="MsoNormal">
Tão inesperadamente. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Não se pôde dar o último beijo, nem o último abraço, muito
menos dizer as últimas palavras. Palavras que expressassem a importância da
existência e a alegria que trazia.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mesmo quando a notícia já é encaminhada, ainda sim é difícil
dar “o último”. A sensação de satisfação, de paz, não chega.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já se foi. Já passou. Agora o tempo vai amolecendo o coração
de novo. Deixará escondida a dor e secará, por hora, as lágrimas. Mas não fará
curar. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
O coração voltará a se pressionar contra a alma, a garganta
voltará a secar e o silêncio gritará ao seu redor. As lembranças boas e ruins
voltarão sempre que se sentirem apagadas. Mas isso a maioria das pessoas já
sabe ou espera que esse processo se dê assim mesmo. Não é uma novidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez não existam palavras suficientemente acolhedoras para
se dizer a alguém que teve uma perda grande. Posso imaginar, mas não sinto sua
dor no momento. Não vivi sua relação com quem acabou de ir.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Palavras de conformismo acolhem mais do que
palavras de “compreenderismo”. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Calma... vai passar. Estou
aqui... com você.” Te faz aceitar mais.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
E o que responder a um pequeno de sete anos que, com uma
ingenuidade que dá inveja, pergunta à mãe quando soube que se pai se foi: “Será
que se eu ligar no celular dele, ele atende?” Nesse dia, o pequeno deu um passo
em direção à realidade.</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
É tão simples e tão complicado. </div>
<div class="MsoNormal">
De alguma forma, todos são imortais. Alguns são lembrados
com carinho, outros não. Ainda sim são lembrados. Continuamos vivendo nas
outras pessoas, em suas memórias. Continuamos vivendo nas histórias que
protagonizamos, nas conquistas que fizemos e nas pessoas que amamos. Pessoas
que cuidamos. </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dizer que ama alguém é mais importante do que conseguimos
enxergar. Não perca tempo e nem economize palavras carinhosas. Talvez isso
aproxime a satisfação e a paz quando nossos queridos estiverem de malas
prontas...</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3728547268289888124.post-67852341701484620202013-04-15T13:30:00.000-07:002013-04-15T13:30:07.328-07:00De Dentro pra Fora<br />
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Talvez algumas pessoas amadureçam e acabam perdendo traços
que eram “importantes” pra personalidade. </div>
<div class="MsoNormal">
Mas só percebem depois, é claro.</div>
<div class="MsoNormal">
Traços tão minúsculos e que traziam bem estar profundo.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Hoje: sente-se bem, se arrume para sair, não use só preto,
penteie o cabelo, seja delicada.</div>
<div class="MsoNormal">
Cuidado com o linguajar, menina não diz “mano” e muito menos
palavrão, emagreça, cabelo curto, cabelo longo, pintado, assim não, do outro
jeito... Você não tem mais idade pra isso. Que infantil! Fuja do padrão, seja
você mesmo, mas cuidado pra não ser desagradável. Não tem agradar a todos, mas
tenha mente aberta para mudar. Pô!</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
“Somos quem podemos ser... sonhos que podemos ter.”</div>
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<br /></div>
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Eu costumava escrever muito bem. Costumava. Hoje em dia,
tento me inspirar em outros textos que leio de outras pessoas. E elas sim
escrevem bem. Investem nisso começando pela faculdade e indo até sites.
Parabéns a elas! Provavelmente eram que nem eu... Deviam sempre ter escrito bem, e não pararam.
Eu parei. </div>
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<br /></div>
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Escrevia no papel mesmo, não no computador. E eu acho que isso faz
diferença, sim. Era pegar a caneta, pensar sobre qualquer coisa que saía. Tudo
fluía tão claramente, tão transparente, eu quase sempre conseguia expressar
tudo que pensava ou sentia apenas nas palavras. Lendo minhas redações do
colegial – diga-se de passagem, com notas muito gordas - me dá uma saudades do
que eu era. </div>
<div class="MsoNormal">
De como as coisas eram. Será que minha cabeça mudou tanto assim?</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Agora, por exemplo, o receio de mostrar essas palavras para
qualquer outra pessoa é forte. Mesmo já mudando e tirando vários trechos delas.
Pode ser clichê, pobre, comum, medíocre, óbvio, sem criatividade... Tenho a
impressão que antes eu me orgulhava de escrever, queria mostrar para a maior
quantidade de pessoas que tivessem opiniões importantes pra mim. Hoje não.
Talvez porque no colégio era mais fácil, eu já escrevia sabendo que alguém não
ia apenas ler, mas dar uma nota pros meus pensamentos. Talvez isso
encorajasse...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Acho que o pseudo-intelectualismo é significantemente
presente em quase todo mundo.</div>
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Já diria Vinicius de Moraes: “O homem que diz
‘sou’, não é. Porque quem é mesmo é ‘não sou’”. </div>
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Vão saber o que você é jeito
mais natural sempre, não há necessidade de ficar provando. </div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Viu,
pseudo-intelectualismo agindo...</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Afinal, quem não gosta de ser inteligente? Ou ao menos
parecer. Impressiona.</div>
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<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Talvez eu volte a escrever. Sobre tudo, sobre histórias,
sonhos, fatos sociais, sobre mulheres importantes, sobre boates pegando fogo,
sobre morte, sobre vida, sobre saudades, sobre amor. Sobre humildade, sobre
viagens longas, sobre temas propostos por faculdades nos vestibulares...</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/15504682835056914835noreply@blogger.com0