Aconteceu chegando ao trabalho nessa semana, eles eram em 4 ou 5.
Chegaram por todos os lados, me seguraram, agarram e me jogaram no chão. Eu gritava para levantar, mas eles nem ouviam, suas risadas abafavam minhas súplicas - que, a essa altura, já estavam se desmanchando em risadas também. Jovens? Uh, super. O mais velho, por volta de 6. O mais novo, 3.
O que eles roubaram? Ah, muita coisa. Roubaram sorrisos meus, roubaram mais amor por todos e trouxeram toda a felicidade que eu pude sentir naquele momento.
Toda a ingenuidade, a malícia, a malandragem e a doçura deles me encantam, me envolvem, me hipnotizam. Ah, como é bom ser criança!
Eles me contam segredos que acham que ninguém mais sabe, dizem que me amam "até o 41" (na íntegra!), me abraçam, se comportam como nenéns e, ao mesmo tempo, como adultos responsabilíssimos.
E foi lá, no chão, que eu reparei que, mesmo que eu me esforçasse muito, jamais conseguiria descrever como é foda trabalhar com crianças e como é grande a minha alegria por isso.